Parece que estamos falando de conta de luz, mas é reajuste de mídia digital: a partir de 2026, teremos uma alta de 12,5% nos custos de mídia em MetaAds (leia-se Facebook e Instagram). Significa CPC e CPM mais altos – e ROI mais baixo a partir de 1º de janeiro. Se você está em momento de definição de KPIs e orçamento para 2026, vale lembrar dessa notícia. Afinal, o problema nem sempre é sua agência ou sua oferta: é comum a mídia digital oscilar acima da inflação mesmo.
A diferença é que normalmente essas altas são ocultas, derivadas de aumento da concorrência ou mesmo elevações não anunciadas pelas plataforma. Resumindo: lei de mercado mesmo. A diferença é que em 2026 haverá uma alta anunciada, linear e justificada pela tributação. É mais um complicador no já conturbado cenário do marketing digital, bastante abalado pelo crescimento do uso de IA generativa e seu impacto no tráfego orgânico, com impacto mecanismos de buscas e GoogleAds. Por um lado, o reajuste anunciado traz transparência que alivia a pressão nas agências, afinal, os aumentos ocultos resultam em mais pressão para os gestores de tráfego, por vezes responsabilizados sem ter responsabilidade. Para evitar isso, o que fazemos eventualmente aqui na Amanita é acompanhar os reports de benchmarks, como os da Wordstream/LocaliQ.
Ainda que saibamos que ‘cada caso é um caso’, que há variações por subsetores e até regiões, ajudam para saber se a perda de eficiência causada pela alta de custos é geral ou em apenas na conta operada. Ao menos, para 2026, você já sabe: vai gastar mais por clique, terá de separar mais verba para o mesmo resultado, ou, então, compensar com melhora na eficiência – aliás conte com a gente para isso 🙂
Flexibilidade: a chave para eficiência
Mas como dar mais eficiência, para além de monitorar permanentemente, otimizar criativos, públicos, lances, realizar testes, usar IA para auxiliar na tarefa? Uma das sugestões que costumamos dar aos nossos clientes é: não engesse seu orçamento. Não é necessário fixar valor prévio trimestral, semestral, anual para cada canal – Google, Meta, TikTok, LinkedIN. O que importa é o resultado. Por isso, manter flexibilidade, aumentar a verba do canal que está gerando mais resultados, mudar rota no meio do caminho são práticas essenciais. Se você está concentrando muita verba em MetaAds, que tal testar mídia no TikTok, aumentar em Google, testar para otimizar? Será que os novos valores em Facebook e Instagram tornarão outras plataformas mais atrativas? Não existe certo e errado; existe o que dá mais resultado. E isso pode mudar em cada período, de acordo com mercado, disputa por espaço de mídia ou alterações de hábitos de consumo online. Portanto, permitir à agência sugerir alteração no plano inicial de mídia é um caminho para aumentar eficiência.
A Origem do Reajuste: Tributação e Impostos
Diferente dos aumentos habituais causados por maior concorrência e lei de mercado, este reajuste tem uma causa tributária clara. Ele decorre da implementação do Imposto sobre Serviços (ISS) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações digitais. Por consequência, um acréscimo de 12,5% será aplicado de forma linear sobre o valor investido em anúncios na plataforma.
Implicações Diretas no Marketing Digital
O impacto financeiro é sentido em todas as etapas da campanha, afetando diretamente a performance.
- Orçamento: Será necessário um aumento de 12,5% no valor orçado apenas para manter o mesmo volume de impressões e cliques de 2025.
- CPC/CPM: O Custo por Clique (CPC) e o Custo por Mil Impressões (CPM) subirão na mesma proporção.
- ROI: O Retorno sobre o Investimento (ROI) e o ROAS (Retorno sobre o Gasto com Anúncios) serão inevitavelmente reduzidos, caso a eficiência de conversão permaneça a mesma.
Em resumo, a mudança transforma a gestão de tráfego em um jogo de margens ainda mais estreitas, onde a eficiência e a precisão se tornam os fatores decisivos para a manutenção da performance e do lucro.